sábado, 22 de agosto de 2009

Pedro, meu pequeno príncipe.




Hoje acordei mais feliz. O Pedro tá fazendo aniversário. 12 anos. Acho essa data mágica. Muitas coisas legais aconteceram comigo quando eu tinha 12 anos. Foi meio um divisor de águas, me levando da infância à adolescência.



Mas eu acordei me lembrando de quando eu fiquei grávida do Pedro. Já estava desconfiada que estava grávida; na verdade, já tinha quase certeza absoluta, só faltava a confirmação, o exame. Eis que fui ao médico e ele já fez logo um ultrassom. E lá estava ele: reinando absoluto naquela barriga, no alto das suas 8 semanas de vida. Como eu me emocionei! Tudo bem, já tinha a Amanda... mas foi diferente. A Amanda veio planejada, esperada, fiz o ultrassom já com mais de 5 meses... era diferente. Com o Pedro não. Ele veio sem planejar, num momento muito difícil da minha vida e, naquela hora que vi ele ali, tão pequenino no meu ventre, um misto de emoções tomou conta de mim. Uma alegria louca, mas um medo enorme devido à situação que estávamos vivendo. Não vou mentir que quando desconfiei da gravidez pensei até em não ter aquela criança. Mas quando vi ele ali, aquele coraçãozinho batendo com todas as suas forças como que dizendo: "Ei, estou aqui!". Naquela hora, nada mais tinha importância. Eu estava grávida de novo! Uma vida crescia dentro de mim! Que magia é essa?! E quanta felicidade nos traz! Passei a viver na expectativa do crescimento da nossa família.



Até que num certo dia de carnaval, tive um sangramento brutal, uma coisa louca, uma cólica anormal e corri pro consultório. Não achei o médico (era carnaval, ele tinha ido pra Búzios). Fui então pro hospital mais perto e ouvi da boca do médico: tá abortando! Não tem mais jeito. Não há o que fazer! Vou passar remédio pra dor. Entrei em desespero. Chorei sem parar, o tempo todo.



Como pode? Eu vi ele dias atrás, estava ali, se mexendo, coração batendo... não podia ser verdade! Eu já amava demais o Pedro pra deixar ele partir. Pensava na Amanda, com apenas 3 aninhos... como explicar que ela não ia mais ter um irmãozinho? E chorava. Minha mãe, que morava longe e por providência divina estava passando aquele carnaval comigo, me trouxe, não sei de onde, uma imagem de Nossa Senhora Aparecida. E eu, que mal sabia rezar, me apeguei a ela e rezei com todas as forças. Pedi que não deixasse meu filhinho morrer! Já viu Nossa Senhora negar alguma coisa aos seus filhos? A mim, nunca! E, em 1997, que celular era coisa pra rico, minha cunhada conseguiu falar com o Dr. João. Em Búzios. Pelo celular. Ele mandou correrem comigo pra outra cidade, pra outro hospital, onde, lá sim, fui muito bem atendida e o médico, como muita competência, diagnosticou um descolamento de placenta e me deu os remédios certos.



E hoje o Pedro está aí: é o príncipe da casa, entre as minhas duas princesas. Levado, malcriado, carinhoso, inteligente e palhaço como o pai. E os três são a alegria da casa e das nossas vidas. Louvado seja Deus!

2 comentários:

  1. Tia me emocionei demais. Suas palavras e o texto chegam ao coração.
    Beijos!
    pipau :)

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  2. Que lindo Claudinha! Me emocionei também!
    Beijoss

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