sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Chá de Bebê de Maria


Recebi essa mensagem de um Conselheiro amigo - Dr. Júlio Torres - e gostei tanto, que decidi partilhar com vocês:


Maria está para dar à luz, já sabe que será um menino e se chamará JESUS.

Para atender às necessidades de seu filho, ela precisa de diversas coisas; se desejares ajudá-la, encontras abaixo uma lista de bens.

A escolha é tua: pode ser um só deles ou mesmo todos:


- Um ambiente mais digno para o parto, ao invés de um estábulo; pode ser a tua casa.

- Um berço, para substituir a manjedoura; pode ser o teu coração.

- Um par de sandálias, pois Ele será um andarilho; ou então os teus pés, para poupar os d'Ele.

- Cinco pães e dois peixes; com isto Ele dará de comer a todos.

- Duas pequenas moedas. A condição, porém, é que venham, de fato, a fazer-te falta.

- Cópia da chave que abre por dentro o teu coração - Ele aí entrará e fará morada.

- Uma cruz de madeira: um dia Ele precisará dela, por tua causa.


sábado, 28 de novembro de 2009

Limpa, faxina, arruma... tá chegando!


Estou sem empregada. Fato. Quem sabe o que é ficar sem empregada numa casa com dois adolescentes e uma pré-adolescente e, ainda, trabalhando o dia todo? E isso tudo voltando de viagem? Pois é... precisei viajar a trabalho na quarta-feira, voltei na sexta de manhã, trabalhei à tarde, fui ao mercado à noite, ufa! Cheguei em casa... ai, meu Deus. A casa estava daquele jeito. Até que nem estava muito suja não, tava bagunçada e suja nos banheiros e na área externa. "Ainda bem que a faxineira vem amanhã! Nem vou mexer com isso agora!" Eis pois, que de repente, adentra sala afora a Amanda com seu namoradinho e sua sogra!!!!!!! Isso mesmo! Ela trouxe a mãe do menino, que eu não conhecia até então, sem aviso prévio e com aquela casa bagunçada!!!

Ai, eu queria matar a Amanda! Fiquei super sem-graça. E olha que a minha casa está sempre limpa!


Mais tarde, fiquei refletindo sobre isso. Assim será no retorno de Jesus. Ele já nos avisava: "Vigiai, pois, porque não sabeis a hora em que virá o Senhor. Sabeis que se o pai de família soubesse em que hora da noite viria o ladrão, vigiaria e não deixaria arrombar a sua casa. Por isso, estais também vós preparados porque o Filho do Homem virá numa hora em que menos pensardes."


E se não fosse a moça? E se fosse Jesus voltando e entrando na minha casa? Onde eu iria esconder a minha bagunça e a minha sujeira?


Nós somos exatamente assim. Quando sabemos que vem uma visita em nossa casa, limpamos, arrumamos, preparamos um lanchinho... Me lembro que quando era criança, com preguiça de limpar a casa falava pra minha mãe: "não vem ninguém aqui..." e ela sempre me dizia que podia chegar alguém de repente, que a casa precisave estar sempre limpa.


Assim também na nossa vida como um todo. Não sabemos quando Jesus virá. E quando Ele vier, precisamos estar com a "casa limpa e arrumada".


Quando a moça chegou ontem, instantaneamente eu pensei: "tomara que ela não queira usar o banheiro". Não se passou nem 5 segundos e ela pediu pra usar o banheiro.


Assim será conosco. Quando Jesus voltar, ele também vai ver o meu "banheiro". Vai ver meu coração. E como está meu coração? Sujo, bagunçado pelo pecado, pelo orgulho, pela preguiça, pela maledicência? Como vou esconder Dele?


Urge fazermos essa limpeza hoje. Dar uma faxina geral. Jogar fora o que não presta, limpar, esfregar o que for difícil de sair. Se desapegar de tranqueiras e guardar o que é bom.

Mas é preciso fazer isso com amor, porque na minha casa, no meu coração, habita o Altíssimo, e a casa Dele deve ser sempre com material de primeira qualidade. Ele merece!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Zerinho!!!









Nós todos somos um pouco egoístas; uns mais, outros menos, mas todos temos nossos momentos egoístas. Muitas vezes queremos ser os primeiros ou os melhores em alguma coisa, não é? Tirar a melhor nota na escola, ser o mais elogiado pelo chefe, passar em primeiro lugar no concurso, ter o melhor carro, a roupa mais bonita, o que canta mais afinado...

Mas... quem quer ser o primeiro nas outras situações da vida? Quem quer ser o primeiro a dar o braço a torcer numa briga? Quem quer ser o primeiro a pedir perdão, estando certo ou mesmo estando errado? Por que é tão difícil darmos o primeiro passo em certos momentos?

O ser humano é assim mesmo: quando é pra ser o melhor, faz questão de aparecer, mas quando tem de expor suas fragilidades, sua humanidade, fecha-se num casulo e não quer mostrar a sua vulnerabilidade.

Tiro isso por mim mesma. Impressionante como Deus me mostra as coisas. Ele fala comigo tão claramente às vezes.

Ontem de manhã, indo pro trabalho, fiquei com raiva porque a Luana teve um acesso de raiva comigo por uma coisa que eu tinha feito. E briguei com ela, disse que a culpa era dela. E no mesmo instante percebi que a raiva não era por ela (Luana), mas era de mim mesma. Porque percebi que se eu tivesse agido diferente, as coisas teriam outro desfecho. Se EU tivesse feito o que ela havia me pedido ela não ficaria com raiva e eu não teria brigado com ela. Ela estava com a razão! Eu precisei reconhecer que a errada era eu. E que em muitas outras ocasiões, a errada sou eu. E que eu não posso botar a culpa nos outros por não admitir ou não enxergar os meus erros.

A partir do momento que EU percebo que erro, que poderia fazer diferente, estou contribuindo para que haja harmonia no ambiente onde vivo, onde trabalho, onde estudo. Se cada um se vigiasse e soubesse reconhecer seu erro e pedir perdão, estaríamos caminhando pra um mundo mais justo e mais fraterno.

O mundo vai mudar a partir do momento que EU começar a mudar. Se queremos um mundo com menos violência, comecemos de casa, não agredindo o meu irmão, o motorista barbeiro que me deu uma fechada, não revidando uma ofensa. Chega de hipocrisia e discurso barato que o mundo está assim, que as pessoas estão assado. EU PRIMEIRO!! Tem de começar de mim!

Deus nos deu como primeiro mandamento "Amarás a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo". Porque se eu amo o meu próximo como a mim, eu não vou julgá-lo, não vou agredi-lo, não vou roubá-lo, não vou prejudicá-lo, não vou ofendê-lo.

Se cada um fizer a sua parte, a começar de mim, estaremos sim, caminhando pra um mundo melhor. Zerinho!!

sábado, 21 de novembro de 2009

Momentos

Na nossa vida há momentos que são preciosos. Fatos às vezes simples e corriqueiros que se tornam importantes pra gente.
Momentos mesmo, coisas pequenas, simples...
Assim como Deus... Várias e várias e várias vezes ouvi por várias e várias pessoas: "Deus é simples". E é mesmo. Tão simples que nasceu em meio a palhas num estábulo. Tão simples que se faz presente num pequenino pão e nos alimenta todos os dias.

E é na simplicidade das coisas que Deus esconde a sua imensidão.
É na simplicidade das pequenas coisas que encontramos Deus.
Essa semana o Ricardo passou, quase toda, decorando nossa casa pro Natal. Confesso que fico com preguiça só de ver. Sobe no telhado, nas colunas, liga lâmpada pra lá, lâmpada pra cá...
Mas a dedicação dele pra deixar a casa bonita me motiva e emociona. Ele me falou: "Você nem pergunta se preciso de ajuda!" Mas sei que esse comentário foi pura carência. Ele não queria a minha ajuda! Queria apenas que eu ficasse ali, ao seu lado, olhando sua dedicação em iluminar o nosso lar. Pequenas grandes coisas. Pequenos gestos de amor.
Essa semana também vivi outras experiências adoráveis . Fiz duas coisas, que adoro, ao mesmo tempo. Almocei com pessoas que são uma benção na minha vida. É, porque comer é tudo de bom! Não sei como é que tem gente com anorexia. Ai, como é bom comer. E na companhia de pessoas que a gente gosta é muito melhor!
Na quarta-feira fui almoçar com o Luiz e foi uma verdadeira terapia. Como é bom conversar com ele! Inteligente, acolhedor, amigo... Me aconselha e me ouve. Passamos um início de tarde abençoado.
Na sexta, almocei com a Andréia. Outra benção! Rimos, conversamos, contamos causos, compartilhamos segredos... Poderia ter passado o dia todo com eles sem me cansar!
E no fim da tarde de sexta, um papo descontraído com a Jê. Puxa, como gosto da Jê!
Pessoas que fazem parte da minha vida, que são importantes pra mim.
É assim que encontro Deus. No arrumar a casa pro Natal, no sinal da cruz sobre o prato, no papo alegre com os amigos, na conversa no msn ou no gmail, no fugir do trabalho um pouquinho...
E é assim que Ele fala comigo.



sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Não julgueis!


"E tu, por que julgas o teu irmão? Ou mesmo, por que desprezas o teu irmão? Pois é diante do tribunal de Deus que todos compareceremos. Com efeito está escrito: Por minha vida, diz o Senhor, todo joelho se dobrará diante de mim e toda a língua glorificará a Deus. Assim, cada um de nós prestará conta de si mesmo a Deus." (Rm 14, 10-12)

Essa foi a liturgia de ontem. Por que julgas o teu irmão?? Quantas vezes ao dia julgamos o outro? Sim, ao dia. O tempo todo julgamos e somos julgados. Tenho muito medo de julgar e me policio o tempo todo, porque só quem tem o direito de nos julgar é Deus. É perante Ele que compareceremos e prestaremos contas de nossos atos. E quase sempre somos injustos em nossos julgamentos. Ninguém gosta de ser julgado. Mas não adianta, o tempo todo estamos fazendo julgamento sobre alguém. Em todo lugar!


Quantas pessoas já julguei assim ou assado, só pela aparência? Essa aí tem cara de metida. Hummm... esse homem parece arrogante! Ontem mesmo, na missa, lá estava eu julgando: "Essa moça tá com uma blusa muito transparente para estar na igreja!" E daí? O que que eu tenho com isso?? Sabe-se lá se não deu tempo de ela trocar de roupa? Sabe-se lá se era a única blusa limpa que ela tinha? Quem sou eu pra julgar?! Sou melhor do que ela em quê? Pode ser que mesmo com a roupa transparente o coração dela seja muito mais limpo do que o meu.


E quem foi que te constituiu, ou me constituiu, juiz de alguém? Ninguém!


Jesus, Ele sim, é o Justo Juiz que usará de misericórdia com aqueles que forem misericordiosos. E podem ter certeza: ele usará a mesma medida com que cada um mediu. Ele mesmo afirmou isso. E como Deus tem me mostrado como sou pequena e injusta tantas vezes! Como, certas vezes, me sinto envergonhada por pensar mal e até falar mal de alguém. Não tenho esse direito. Ninguém tem. Mas é um exercício de aprendizado diário. Devemos pedir a unção do Santo Espírito para que nos auxilie nessa batalha. Porque sozinhos somos fracos demais!




quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Mudanças, graças a Deus!

Ontem estive no Rio de Janeiro. Fui a trabalho, mas encontrei um tempinho pra ver minha mãe, meu irmão, me sobrinho e revisitar a cidade que vivi por alguns anos e que tenho tanto carinho.

O Rio é mesmo lindo!! Já tive várias conversas com o Ricardo sobre voltar ou não a viver no Rio e sempre a nossa decisão é de não voltar. Embora muitas de nossas raízes estejam lá, aqui, agora, é o nosso lar, nosso aconchego, nosso porto seguro.

Essa visita me trouxe à lembrança situações vividas, momentos e pessoas... Reparei na forma como as pessoas vivem e agem e pude perceber o quanto mudei desde que saí de lá. Mudanças na personalidade, no modo de ser e de agir, até (e talvez principalmente) no jeito de falar! Quem me conhece desde aquela época pode confirmar isso. E acredito que mudei pra melhor.

Mas atribuo muito do que sou hoje ao fato de ter me aberto a Deus e ter deixado que Ele agisse em mim. E que continue agindo cada dia mais um pouquinho.

Hoje sou mais compreensiva, enxergo melhor o outro, sou mais carinhosa e generosa do que outrora. Sou mais comedida (só um pouquinho) e tenho procurado pensar muito antes de falar ou agir. Sei que tenho inúmeros defeitos, mas isso vem sendo trabalhado e a nossa luta é mesmo pela santidade. É pra isso que caminhamos e essa é a minha busca. Olho nos olhos de Jesus e procuro segui-lo, buscando n'Ele o exemplo, a virtude e a santidade.

Mas não importa. Lá ou cá, sei que minha mudança se deu a partir do momento que procurei seguir a Jesus. Ele é o Senhor da minha vida. É por meio do Seu Espírito Santo, a quem me abro e me entrego, que as mudanças acontecem. E que possam continuar acontecendo.

"O Espírito de Deus repousa sobre mim
e assim caminhando eu vou
Alegria, paz e amor, frutos que vêm de Ti, Senhor
Em mim brotou

Glória, glória eterna, glória a Ti, Senhor..."

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Um novo caminhar


Todo dia precisamos tomar decisões na vida, não é? Algumas muito importantes, outras nem tanto. Mas sempre temos que dar o primeiro passo pra alguma coisa que precisamos fazer. Estou cheia delas. Preciso tomar algumas atitudes na minha vida que venho adiando há tempos... Mas cadê a coragem? Ou cadê a disposição? Muitas vezes, muitas mesmo, permito que a preguiça se instale e me impeça de agir. Ou reagir. Tenho muitos defeitos, mas acho que o pior deles é a preguiça. Não é preguiça de trabalhar, de pegar no batente. Mas preguiça de tomar decisões, de dar o primeiro passo, ou mesmo de continuar caminhando. Sei - e ninguém precisa ficar me falando o tempo todo - que preciso me exercitar. Nem que seja uma caminhada, mas preciso. Todo santo dia falo: "Vou entrar pra academia". Ninguém me leva mais a sério. As meninas do trabalho agora só riem de mim. Estou enganando a quem? Só a mim! Preciso parar de comer porcarias e me alimentar direito. O colesterol tá alto. E eu sei tudinho o que preciso fazer pra mudar esse quadro. Mas não consigo começar. E quando começo, não consigo continuar. Por que, meu Deus??? Preciso voltar a estudar e não consigo nem começar. Já fiz uns 500 vestibulares, inúmeras matrículas, e não vou! Não consigo sequer decidir se vou fazer o que gosto ou o que preciso. No início do ano então... promessas que não saem da vontade. E toda hora tenho uma desculpa pra minha acomodação.

Mas eu cansei. Cansei de estar cansada. Cansei de não terminar nada o que começo. Preciso ser mais determinada, mais perseverante.

E hoje é o dia pra isso! Não preciso esperar o ano novo pra começar uma vida nova! A vida nova é agora! Esse é o momento. Não posso esperar ter um infarto pra parar de comer chocolate!

Ai, mas vai ser difícil!!! Preciso que os meus - amores e amigos - me apoiem nessa nova fase! E quando eu pensar em desistir, me ajudem a caminhar. Conto com vocês!!

Cris, vai separando os produtos da Forever!!!
"Hoje seus passos, se perdem na estrada...
Nem sempre você tem chegada...
Entregue o seu caminho a Deus..."

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Liberdade de escolhas


Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.

Desalento: segundo o Michaelis significa falta de alento, abatimento, desânimo, esmorecimento, desesperança.
Peço emprestado os versos de Bandeira pra tentar revelar meu humor hoje.
Dia nublado, pensamentos confusos, sentimentos obscuros...
Tento entender o paradoxo da minha vida. Vida cheia de contrários...
Escolhas que devemos fazer todos os dias. Por que deve ser assim?
Por que não podemos apenas (des)ligar um botãozinho e deixar a vida seguir seu rumo?
Porque Deus nos fez livres...
Em I Coríntios 6, 12 está escrito: "Tudo me é permitido, mas nem tudo me convém. Tudo me é permitido, mas eu não me deixarei dominar por coisa alguma".

É a lei da liberdade, que São Tiago cita em sua carta, capítulo 2, versículo 12: "Falai, pois, de tal modo e de tal modo procedei, como se estivésseis para ser julgados pela lei da liberdade".

Liberdade requer responsabilidade. Liberdade que tento entender... Liberdade de e para escolhas. Escolhas que nem sempre são fáceis de fazer. E a nossa vida está cheia delas. O tempo todo.

Muitas vezes é difícil decidir por qual caminho seguir.

Diante desse quadro, peço a Deus que me oriente por meio do Seu Espírito Santo, para que eu faça as escolhas certas. Para que eu não deixe que os desalentos da vida me tirem o ânimo de prosseguir. Para que eu continue a acreditar nas pessoas e me lembre sempre que após uma noite escura sempre há uma manhã de sol brilhante.


Até mais...



sábado, 10 de outubro de 2009

Aos meus amigos


Hoje eu fui na Igreja e encontrei a Lili e ela me perguntou por que nunca mais escrevi no blog. "Tá faltando inspiração". Foi o que respondi a ela. E ela mesmo me serviu de inspiração. Logo depois de falar com ela, fiz a minha direção espiritual e fui pra capela. Nesse tempo até chegar em casa, encontrei pessoas que gosto muito: o Fillipe, o Luiz Gustavo, o Chico, a Venécia, o Pe. José Carlos, a Lani, a Clarice, o Edmar que vi de longe... e quando cheguei em casa e vim pro computador, recebi um recadinho carinhoso da Andréia. E refleti como as pessoas entram nas nossas vidas, como elas vão chegando, às vezes devagarzinho, às vezes bem depressa e como elas se vão... da mesma forma... rápido ou lentamente. E como foi bom receber aquele recado da Andréia. Às vezes precisamos de coisas assim para lembrarmos que somos amados. Quem não fica carente de vez em quando?
Outro dia ouvi o Pe. Fábio de Melo falando que tem pessoas com que nos relacionamos que nos transformam e que têm o dom de nos acrescentar coisas boas, nos deixar um bom legado.
E lembrando disso, comecei a lembrar das pessoas que de alguma forma fazem parte da minha vida. Nesse tempinho que fui à Igreja, quantas pessoas encontrei. Algumas que não via há tempos. Mas que nem por isso gosto menos. E pensando nisso, parei para refletir que, às vezes, a gente nem diz pra aquela pessoa o quanto gosta dela, o quanto que, de alguma forma, ela faz a diferença na nossa vida.
A gente às vezes recebe uns e-mails meio xaropes né? daqueles que falam de amizade, e blá-blá-blá, que a gente já recebeu umas 500 vezes. Mas o pior (ou melhor) é que é verdade mesmo.
Não sei se com todo mundo é assim, mas eu já falei pra várias pessoas que a nossa amizade nunca ia acabar e que a gente ia ser amigo pro resto da vida e hoje eu nem sei por onde anda a maior parte dessa gente. Mas trago, sim, elas no coração e na memória. Mas aprendi que a gente deve valorizar o hoje, o agora, até porque, quem sabe se nós teremos um amanhã? É preciso dizer hoje o quanto gostamos de alguém.
E, puxa! Como tenho pessoas importantes à minha volta! Nessa conta, nem vou botar o Ricardo e minha cria, porque eles são a minha própria vida. A minha família, de forma geral, é a minha vida. Meus irmãos que amo, minha mãe e meus sobrinhos e agregados!
Eu queria de alguma forma prestar uma minúscula homenagem aos meus amigos de verdade, àqueles que são só meus colegas, mas que trago com imenso carinho no meu coração e àqueles que ainda vão se tornar meus amigos do peito. Queria citar o nome de cada um aqui, mas sei que seria injusta ao esquecer alguém.
Obrigada a vocês que de alguma forma fazem parte da minha vida. Aqueles que convivo pouco, que eu vejo todo dia, e até aqueles que mal sei o nome. Obrigada porque vocês têm sempre algo bom que eu posso roubar de vocês. Que bom que tenho vocês!!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A moça da padaria

Todos os dias, pela manhã, é uma correria em casa. Levanta, chama as crianças, toma banho, chama o Ricardo, se veste, não... essa blusa tá ruim! Se veste de novo e se desarruma e se arruma de novo... affff... que correria! Não dá tempo pro café! Faz um pãozinho pra comer no trabalho. Às vezes nem pra isso dá tempo. Então, dá uma passadinha na padaria, ali mesmo, perto do trabalho.
E, hoje, uma coisa me chamou a atenção: a moça da padaria. Quer dizer, hoje não, já tinha percebido, mas tem dias que a gente enxerga as coisas por uma outra ótica.
Volta e meia eu paro ali na padaria pra comprar um pão de queijo, ou um misto quente, ou um pão com queijo minas... E me chama atenção a boa vontade e bom humor com que a menina atende a todo mundo. Gente, aquela moça deve levantar muito cedo pra pegar no batente. Eu passo na padaria por volta das 7h30 e já está cheia, aberta há um tempão! Que horas aquela moça chega ali? Que horas ela saiu de casa? Porque ela deve morar longe... Que horas ela levantou? E mesmo assim, ela atende todo mundo superbem, com um sorriso, com gentileza, de cara boa. Fosse eu, tava mordendo todo mundo! Olha, gente, eu DETESTO acordar cedo! Só levanto cedo porque sou obrigada mesmo. Lembro que quando era criança, estudei à tarde toda a vida só pra não precisar levantar cedo. Mas ela não...
Isso me faz pensar que felicidade e alegria, independem de dinheiro, de status, de fama, de classe social. A moça, indiferente aos problemas dela, aos problemas do mundo, não se deixa abater e faz o seu trabalho bem feito, com dignidade, com um sorriso no rosto. Deve ganhar uma mixaria, mas nem por isso deixa de fazer o seu ofício bem feito. Nunca me ocorreu perguntar seu nome. Vou lá, dou bom dia, peço meu pão, agradeço e vou embora. Mas percebi que é uma moça bonita, bem bonita mesmo. Com um piercing no nariz. Acho lindo piercing no nariz. Morena, jovem, poderia ganhar a vida muito mais fácil. Mas escolheu a dignidade, e na sua dignidade, faz o seu serviço da melhor forma que sabe.
Quando eu estiver chateada com os percalços que a vida me impõe, lembrar-me-ei da moça da padaria com um piercing no nariz e tentarei buscar nela um exemplo, para não deixar que pequenas coisas me tirem a paz e o sossego.

Terça-feira vou perguntar o nome dela...

sábado, 22 de agosto de 2009

Pedro, meu pequeno príncipe.




Hoje acordei mais feliz. O Pedro tá fazendo aniversário. 12 anos. Acho essa data mágica. Muitas coisas legais aconteceram comigo quando eu tinha 12 anos. Foi meio um divisor de águas, me levando da infância à adolescência.



Mas eu acordei me lembrando de quando eu fiquei grávida do Pedro. Já estava desconfiada que estava grávida; na verdade, já tinha quase certeza absoluta, só faltava a confirmação, o exame. Eis que fui ao médico e ele já fez logo um ultrassom. E lá estava ele: reinando absoluto naquela barriga, no alto das suas 8 semanas de vida. Como eu me emocionei! Tudo bem, já tinha a Amanda... mas foi diferente. A Amanda veio planejada, esperada, fiz o ultrassom já com mais de 5 meses... era diferente. Com o Pedro não. Ele veio sem planejar, num momento muito difícil da minha vida e, naquela hora que vi ele ali, tão pequenino no meu ventre, um misto de emoções tomou conta de mim. Uma alegria louca, mas um medo enorme devido à situação que estávamos vivendo. Não vou mentir que quando desconfiei da gravidez pensei até em não ter aquela criança. Mas quando vi ele ali, aquele coraçãozinho batendo com todas as suas forças como que dizendo: "Ei, estou aqui!". Naquela hora, nada mais tinha importância. Eu estava grávida de novo! Uma vida crescia dentro de mim! Que magia é essa?! E quanta felicidade nos traz! Passei a viver na expectativa do crescimento da nossa família.



Até que num certo dia de carnaval, tive um sangramento brutal, uma coisa louca, uma cólica anormal e corri pro consultório. Não achei o médico (era carnaval, ele tinha ido pra Búzios). Fui então pro hospital mais perto e ouvi da boca do médico: tá abortando! Não tem mais jeito. Não há o que fazer! Vou passar remédio pra dor. Entrei em desespero. Chorei sem parar, o tempo todo.



Como pode? Eu vi ele dias atrás, estava ali, se mexendo, coração batendo... não podia ser verdade! Eu já amava demais o Pedro pra deixar ele partir. Pensava na Amanda, com apenas 3 aninhos... como explicar que ela não ia mais ter um irmãozinho? E chorava. Minha mãe, que morava longe e por providência divina estava passando aquele carnaval comigo, me trouxe, não sei de onde, uma imagem de Nossa Senhora Aparecida. E eu, que mal sabia rezar, me apeguei a ela e rezei com todas as forças. Pedi que não deixasse meu filhinho morrer! Já viu Nossa Senhora negar alguma coisa aos seus filhos? A mim, nunca! E, em 1997, que celular era coisa pra rico, minha cunhada conseguiu falar com o Dr. João. Em Búzios. Pelo celular. Ele mandou correrem comigo pra outra cidade, pra outro hospital, onde, lá sim, fui muito bem atendida e o médico, como muita competência, diagnosticou um descolamento de placenta e me deu os remédios certos.



E hoje o Pedro está aí: é o príncipe da casa, entre as minhas duas princesas. Levado, malcriado, carinhoso, inteligente e palhaço como o pai. E os três são a alegria da casa e das nossas vidas. Louvado seja Deus!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

De médico e de louco...

Hoje vindo para o trabalho, fiquei pensando em que condições os médicos de hoje estão se formando... ou trabalhando. Trabalho numa instituição que o tempo todo está preocupada com a formação dos jovens médicos e tenho de concordar que eles estão certos. Porque, convenhamos, tô achando que esses médicos estão meio que surtando...
Tenho uma urticária que, segundo os doutores, é crônica e idiopática, ou seja, sem causa definida. Investiga daqui, investiga dali, um encaminha pra outro especialista... enfim! Já passei por inúmeros médicos. Já fui diagnosticada como cardiopata, já me disseram que tenho lúpus, transtorno bipolar, enxaqueca, labirintite, pressão alta, refluxo gastroesofágico, TPM, gordura no fígado, cisto na mama, colesterol alto, problema na tireoide, etc, etc, etc... Ainda vem um outro médico doido que, me achando meio(?) roliça, me prescreve um remédio pra diabetes que é pra eu perder uns quilinhos. Credo!!!! Vai ver morri e esqueceram de me enterrar!!!!
Fico me questionando se estudar demais não pira o cabeção. Antigamente, ninguém tinha essas doenças com nomes esquisitos. E todo mundo vivia bem. Hoje em dia, ninguém pode ficar triste que está deprimido. Se ficar nervoso tá estressado. Deu uns gritos com o marido? Coitada! É TPM. Tem que tomar passiflora. Bom, pelo menos esse é natural! E lá vai a gente fazer exame: tomografia, radiografia, ultrassonografia, mamografia, endoscopia e um monte de ia... Cansei, gente!!! Cansei de tomar remédio todo dia. Cansei de ir a médicos que ficam me dizendo a toda hora que tenho um troço diferente. Se eu tenho uma dor de cabeça, é só uma dor de cabeça, não é enxaqueca. Se estou triste, é só um dia ruim, isso não quer dizer que tenho depressão ou transtorno bipolar. Apenas respeitem meu momento ruim. Vai passar. Agora... a minha urticária...

Enfim, rendida ao blog!!

Pois é, gente. Enfim, me rendi a era dos blogs. Logo eu, que era totalmente avessa à idéia de ter um blog. Blog?? Pra quê blog?? Que interesse pode ter aos outros a minha vida?? Realmente, a ideia de ter um blog com a finalidade de expôr um diário pessoal, nem um pouco me agrada. Mas percebi que esse pode ser um canal onde eu possa me expressar, colocar um pouco pra fora o que em mim fica preso. E é uma forma de me comunicar. Às vezes, sinto quem por mais que eu converse com alguém, sobre um determinado assunto, sempre ficou faltando dizer algo, parece que ainda há um vazio... E este também é um meio de eu me encontrar comigo mesma.
Como me expresso melhor com as palavras impressas do que verbalizadas, acredito que ao reler o que sinto e vivo, talvez possa lidar melhor com meus pensamentos, utopias e devaneios...